A jovem Anne Frank escreveu em seu diário toda a tensão que a família Frank sofreu durante a Segunda Guerra Mundial. Ao fim de longos dias de silêncio e medo aterrorizante, eles foram descobertos pelos nazistas e deportados para campos de concentração. Anne inicialmente foi para Auschwitz, e mais tarde para Bergen-Belsen. Seu diário destaca sentimentos, aflições e pequenas alegrias de uma vida incomum, problemas da transformação da menina em mulher, o despertar do amor, a fé inabalável na religião e, principalmente, revela a rara nobreza de um espírito amadurecido no sofrimento. Um retrato da menina por trás do mito.
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A jovem Anne Frank escreveu em seu diário toda a tensão que a família Frank sofreu durante a Segunda Guerra Mundial. Ao fim de longos dias de silêncio e medo aterrorizante, eles foram descobertos pelos nazistas e deportados para campos de concentração. Anne inicialmente foi para Auschwitz, e mais tarde para Bergen-Belsen. Seu diário destaca sentimentos, aflições e pequenas alegrias de uma vida incomum, problemas da transformação da menina em mulher, o despertar do amor, a fé inabalável na religião e, principalmente, revela a rara nobreza de um espírito amadurecido no sofrimento. Um retrato da menina por trás do mito.
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O Diário de Anne Frank é conhecido em todo o mundo através do teatro, adaptações para televisão e traduções, onde registra passagens de uma vida insólita, problemas da transformação da menina em mulher, o despertar do amor e a fé inabalável na religião e, principalmente, revela a nobreza fora do comum de um espírito evoluído pelo sofrimento. - Blog Saltitando com as Palavras
Anne Frank, a jovem judia, vítima do Holocausto, que morreu aos 16 anos incompletos num campo de concentração, tornou-se mundialmente famosa com a publicação póstuma de seu Diário, no qual registrou as experiências que viveu com sua família em Frankfurt, em clima de total anti-semitismo, a fuga da Alemanha e a vida no esconderijo em Amsterdam, onde se esconderam da perseguição aos judeus dos Países Baixos. O conjunto de relatos, que recebeu o nome de O Diário de Anne Frank, é considerado um dos livros mais importantes do século XX.
Publicado pela primeira vez em 1947, O Diário de Anne Frank é conhecido em todo o mundo através do teatro, adaptações para televisão e traduções, onde registra passagens de uma vida insólita, problemas da transformação da menina em mulher, o despertar do amor e a fé inabalável na religião e, principalmente, revela a nobreza fora do comum de um espírito evoluído pelo sofrimento.
Annelies Maria Frank, nasceu em 12 de junho de 1929, em Frankfurt am Main, na Alemanha , que, naquele momento, vivia um período político democrático conhecido como República de Weimar. Anne Frank, como ficou conhecida, era a segunda filha do casal Otto Frank e Edith Frank-Holländer. Margot Frank era a sua irmã, três anos mais velha.
Os Frank eram uma família de judeus liberais, que não seguiam todos os costumes e tradições do judaísmo e viviam em uma comunidade de cidadãos de várias religiões. Edith Frank era a mais devota da família, enquanto Otto Frank, oficial condecorado que lutou no exército alemão durante a Primeira Guerra Mundial, gostava de atividades acadêmicas e como tinha uma extensa biblioteca, desde cedo, incentivou suas filhas a lerem.
Nos primeiros cinco anos de vida Anne morou com seus pais, e sua irmã mais velha Margot, em Frankfurt. Depois que os nazistas subiram ao poder, em 1933, Otto Frank fugiu para Amsterdã, na Holanda, onde tinha alguns contatos profissionais. O restante da família seguiu Otto, menos Anne que permaneceu por um breve período com seus avôs na cidade de Aachen, juntando-se a seus pais em fevereiro de 1934.
Anne Frank viveu numa das mais conturbadas épocas da história da Europa e do seu povo. Enquanto o mundo ocidental era afetado pela depressão econômica causada pela queda da bolsa de valores de Nova York, a Alemanha era assolada pela ascensão dos nazistas ao poder.
Em 1933 Hitler tornava-se chanceler da Alemanha e, como líder do partido nazista, trazia a sede pelo poder e o princípio da pureza ariana como dogma. O anti-semitismo nazista logo se disseminou pela população germânica, iniciando-se a perseguição aos judeus e, em abril de 1933, os nazistas incitaram os cidadãos a boicotarem os estabelecimentos pertencentes aos judeus.
Diante da nova realidade social e econômica alemã, Otto Frank decide, no verão daquele ano, ir para a Holanda. Em fevereiro de 1934, muda-se para Amsterdam, levando a mulher, Edith Frank, as duas filhas, Margot, de oito anos, e a pequena Anne, de quase cinco anos. Na capital holandesa dirige a sua empresa, a Opeka.
Na Alemanha, o anti-semitismo era cada vez mais evidenciado através de leis que limitavam a participação dos judeus em cargos públicos e financeiros. Em 15 de novembro de 1935, foi promulgada uma lei proibindo o casamento entre judeus e não judeus. Os judeus foram apontados publicamente como inimigos do povo alemão — Era a concretização da legislação racista de Nuremberg.
Em 1938, as crianças judias foram expulsas das escolas, simultaneamente foi decretada a expropriação compulsória das lojas, indústrias e estabelecimentos comerciais pertencentes aos israelitas. Na noite de 9 para 10 de novembro daquele ano, movimentos anti-semitas atingiram toda a Alemanha e a Áustria, com turbas destruindo símbolos judaicos, invadindo sinagogas, casas comerciais e residências de judeus, saqueando e destruindo tudo o que encontravam pela frente.
O movimento ficou conhecido como a “Noite dos Cristais Quebrados”, ou simplesmente “Noite dos Cristais”. Em 1 de janeiro de 1939, os judeus foram obrigados a adicionar nos seus documentos o nome de Israel para os homens e Sarah para as mulheres.
Em maio de 1940, a Alemanha invadiu os Países Baixos e o governo de ocupação começou a perseguir os judeus através da aplicação de leis restritivas e discriminatórias, como o registro obrigatório e posterior segregação.
Em 1941, Otto Frank renuncia ao cargo de diretor para evitar que suas empresas — Pectacon e Opekta — fosse confiscadas pelo governo por serem empresas de propriedade judaica. Os negócios continuaram, apesar desta pequena mudança, os quais permitiram a sobrevivência de Otto Frank, que passou a ganhar uma renda mínima, mas suficiente para sustentar sua família.
Na Holanda, Otto Frank e a mulher sentiam-se seguros, pensando que estavam longe de todas as perseguições nazistas, mas a tranquilidade seria breve, visto que o inimigo estava a poucos quilômetros das fronteiras daquele país.
Inicia-se assim aquele que se tornaria um dos maiores documentos da tragédia do holocausto durante o regime nazista. “Até agora você tem sido um grande apoio para mim, como também tem sido Kitty, para quem tenho escrito com regularidade. Esse modo de manter um diário é bem melhor, e agora mal posso esperar os momentos de escrever em você. Ah, estou tão feliz por ter você comigo!” — Comentário acrescentado por Anne em 28 de setembro de 1942
“A fim de destacar na minha imaginação a figura da amiga por quem esperei tanto tempo, não vou anotar aqui uma série de fatos banais, como faz a maioria. Quero que este diário seja minha amiga e vou chamar esta amiga de Kitty. Mas se eu começasse a escrever a Kitty, assim sem mais nem menos, ninguém entenderia nada. Por isso, mesmo contra minha vontade, vou começar fazendo um breve resumo do que foi minha vida até agora.”
Anne e Margot queriam voltar para a escola assim que pudessem, mas enquanto isso continuaram estudando por correspondência, principalmente Margot. Já Anne, na maior parte do tempo, passou lendo, estudando e escrevendo, regularmente, em seu diário, que além de fornecer uma narrativa dos acontecimentos da época, Anne também escreveu sobre seus sentimentos, crenças e ambições, assuntos esses que ela não se sentia segura para discutir com ninguém.
Ganhando confiança em sua escrita somado ao próprio amadurecimento, Anne começou a escrever sobre assuntos mais abstratos, tais como sua crença em Deus e como ela definia a natureza humana.
“A não ser que você escreva, não saberá como é maravilhoso; eu sempre reclamava de não conseguir desenhar, mas agora me sinto felicíssima por saber escrever. E, se não tiver talento para escrever livros ou artigos de jornal, sempre posso escrever para mim mesma. Mas quero conseguir mais do que isso. (...) Quero ser útil ou trazer alegria a todas as pessoas, mesmo àquelas que jamais conheci. Quero continuar vivendo depois da morte!”. —Anne Frank, 5 de abril de 1944.
Na plataforma do trem, homens, mulheres e crianças foram separados. Otto Frank também foi separado de sua família. Edith Frank foi separada das filhas em outubro de 1944, permanecendo em Auschwitz-Birkenau, onde morreria de inanição em 6 de janeiro de 1945.
Dos 1.019 passageiros, 549, incluindo as crianças menores de quinze anos foram enviadas diretamente para a câmara de gás. Anne foi poupada, apesar de ter 15 anos 3 meses antes, devido à sua juventude e capacidade de serviço, mas no final de outubro de 1944, Anne e sua irmã Margot foram transferidas para o campo de concentração de Bergen-Belsen, próximo à cidade de Celle, no norte da Alemanha, para trabalharem como escravas.
Hermann Van Pels, algumas semanas após chegar a Auschwitz, foi selecionado para a câmara de gás, ali morrendo. Fritz Pfeffer morreu no campo de concentração de Neuengamme, em dezembro de 1944 e, no dia 16 de janeiro de 1945, os nazistas evacuaram Auschwitz, Peter Van Pels foi obrigado a seguir os prisioneiros naquela que ficou marcada como a “marcha da morte”, acabando por morrer em 5 de maio, no campo de Mauthausen. Auguste Van Pels foi deportada para Theresienstadt, na Tchecoslováquia, em abril de 1945, sendo desconhecido o lugar onde morreu.
As mulheres que escapavam da morte imediata, eram forçadas a ficar nuas para serem desinfectadas, tinham sua cabeça raspada e ganhavam uma tatuagem no braço com um número de identificação, entre as quais, encontravam-se Anne, sua irmã e Auguste Van Pels. Durante o dia as mulheres eram usadas em trabalhos escravos e, à noite, eram amontoadas em quartos superlotados.
Em pouco tempo a pele de Anne ficou infectada pela sarna e acabou sendo transferida para uma enfermaria escura e infestada de ratos e camundongos, junto com sua irmã. Em 28 de Outubro, junto com mais de 8.000 mulheres, Anne Frank, Margot Frank e Auguste Van Pels, foram para o acampamento de Bergen-Belsen, que em março de 1945 foi atingido por uma epidemia de tifo e matou cerca de 17.000 prisioneiros.
Anne Frank morre duas semanas antes, em Bergen- Belsen, antes do campo ser libertado por tropas britânicas, em 15 de abril de 1945. A irmã, Margot Frank, tinha falecido, um dia antes, também vítima do tifo e da subnutrição.
Depois de libertarem Bergen-Belsen, as forças britânicas queimaram o campo para impedir a propagação da doença.
O Diário de Anne Frank
Quando escrevo sinto um alívio, a minha dor desaparece, a coragem volta... Ao escrever sei esclarecer todos os meus pensamentos, os meus ideais, as minhas fantasias.— Anne Frank.
Otto Frank foi um dos sobreviventes de Auschwitz quando o campo foi libertado pelos aliados, em 27 de janeiro de 1945, portanto foi o único morador do anexo secreto a viver depois do fim da guerra.
Em julho de 1945, depois da Cruz Vermelha confirmar as mortes das irmãs Frank, Miep Gies deu a Otto Frank o diário, junto com um maço de notas soltas que ela tinha guardado na esperança de devolvê-los a Anne.
Em sua autobiografia, Otto Frank descreveu o processo doloroso de ler o diário, pois reconhece os acontecimentos descritos e alguns dos episódios mais divertidos lidos em voz alta por sua filha, mas também viu pela primeira vez o lado mais privado de sua filha e as seções do diário que ela não tinha discutido com ninguém, afirmando: "Para mim foi uma revelação ... Eu não tinha ideia da profundidade de seus pensamentos e sentimentos ... Ela tinha guardado todos esses sentimentos para si mesma ".— Otto Frank
Há controvérsias quanto à forma pela qual o diário chegou às mãos de Otto Frank. Para uns, ele mesmo teria encontrado a relíquia, quando voltara ao seu escritório, em Amsterdam; outros afirmam que Miep Gies e Bep Voskuijl, após a invasão da Gestapo ao anexo secreto, encontraram o diário e papéis escritos, guardando-os para entregá-los posteriormente. Entretanto, ao se certificarem da morte de Anne Frank, teriam devolvido o diário e os escritos a Otto Frank.
Otto Heinrich Frank lutou pela publicação do diário de Anne e o entregou à historiadora Annie Romein-Verschoor, que tentou, sem sucesso, a sua publicação. Seu marido, o jornalista Jan Romein, escreveu um texto intitulado “Kinderstem” (A voz de uma criança) que foi publicado no jornal holandês Het Parool, em 3 de abril de 1946. “Gaguejou na criança uma voz, personifica toda a hediondez do fascismo, muito mais do que todas as provas em Nuremberg juntas ".— escreveu Jan Romein. Seu artigo atraiu a atenção de editores e, em 1947, o diário foi publicado na Holanda, como “Het Achterhuis”; seguido por uma segunda edição, em 1950.
Publicado pela primeira vez na Alemanha e na França em 1950, e após ser rejeitado por várias editoras no Reino Unido, foi publicado pela primeira vez em 1952. A primeira edição americana foi publicada em 1952 sob o título de “Anne Frank: O Diário de uma menina jovem”, e foi positivamente recebida. Foi bem sucedida na França, Alemanha e Estados Unidos, mas no Reino Unido, não conseguiu atrair público e em 1953 estava fora de catálogo.
Seu sucesso mais notável foi no Japão, onde recebeu elogios da crítica e vendeu mais de 100.000 cópias em sua primeira edição. No Japão, Anne Frank tornou-se rapidamente identificada como uma importante figura cultural que representou a destruição da juventude durante a guerra.
Em 1986, a Holanda do Instituto Estadual de Documentação de Guerra publicou a "Edição Crítica", do diário, onde foi incluído comparações de todas as versões conhecidas, bem como a discussão sobre sua autenticação, além de informações adicionais históricas relacionadas com a família e o próprio diário.
Vale dizer que, desde a publicação do livro, que se contesta a autenticidade de quem o escreveu. Alguns defendem a tese de que um escritor fantasma teria feito o livro, e que ele não passou de um grande engodo editorial, aprovado pelo pai de Anne Frank, ou seja, um gerador de renda, pelo qual Otto Frank teria enfrentado processos pelos direitos autorais, até a sua morte, em 1980.
Miep Gies, tida como quem guardou o diário, as folhas de papel e as anotações de Anne Frank, foi quem mais defendeu a autenticidade do livro. Por mais de seis décadas, foi a testemunha viva da tragédia dos moradores do anexo secreto. Morreu aos 100 anos, em 11 de janeiro de 2010.
Para combater as especulações, o Instituto de Documentação de Guerra ordenou que fosse feita uma minuciosa investigação, incluindo, inclusive, a análise da caligrafia de Anne Frank, dos documentos e materiais usados, os quais foram todos considerados autênticos.
O fato é que depois da Guerra, O Diário de Anne Frank foi publicado em diversos idiomas e, atualmente, está traduzido em 68 línguas. Ao longo dos anos a popularidade do diário cresceu e, em muitas escolas, principalmente nos Estados Unidos, foi incluído como parte do currículo de milhares de escolas de ensino fundamental e médio, tornando-se um dos livros mais lidos em todo o planeta. Os originais estão no Instituto Holandês para Documentação de Guerra. O Fundo Anne Frank, na Suíça, é herdeiro dos direitos autorais.
Vale citar que o fato de ter sido citado no romance A Culpa é das Estrelas de John Green, chamou a atenção de milhões de pessoas pelo mundo afora, introduzindo Anne Frank às novas gerações de leitores, trazendo O Diário de Anne Frank ao topo da lista de livros mais vendidos.
“Realmente, é de admirar que eu não tenha desistido de todos os meus ideais, tão absurdos e impossíveis eles são de se realizar. Conservo-os, no entanto, porque apesar de tudo ainda acredito nas pessoas, no fundo, são realmente boas. Simplesmente não posso construir minhas esperanças sobre alicerces formados de confusão, miséria e morte. Vejo o mundo transformar-se gradualmente em uma selva. Sinto que estamos cada vez mais próximos da destruição. Sofro com o sofrimento de milhões e, no entanto, se levanto os olhos aos céus, sei que tudo acabará bem, toda essa crueldade desaparecerá, voltarão a paz e a traquilidade.” — Anne Frank, 15 de Julho de 1944.
“O que passou, já não podemos mudar. A única coisa que podemos fazer é aprender com o passado e compreender o que significa a discriminação e a perseguição de gente inocente. A minha opinião é que todos temos a obrigação de combater os preconceitos”. — Otto Frank, 1970.
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